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Transformação na estrutura da Natura
Recentemente, a Natura Cosméticos S.A. anunciou uma reestruturação significativa que promete impactar diretamente sua operação e governança. A holding Natura&Co, que gerenciava as marcas Natura e Avon, será descontinuada, dando lugar a uma nova estrutura que visa simplificar processos e melhorar a eficiência. Essa mudança surge em um momento crítico, após a empresa ter enfrentado uma queda de 30% nas suas ações e reportado um prejuízo de R$ 438,5 milhões no último trimestre de 2024.
Novas lideranças e funções
Com a nova configuração, Fábio Barbosa, que até então ocupava o cargo de CEO, será nomeado presidente do conselho de administração da Natura Cosméticos S.A. Em seu lugar, João Paulo Ferreira assumirá a posição de CEO, trazendo uma nova visão para a empresa. A CFO Silvia Vilas Boas continuará em sua função, mas agora também será responsável pelas relações com investidores, um papel crucial para restaurar a confiança do mercado. Essas mudanças refletem um esforço para alinhar a liderança com as necessidades atuais da empresa e suas metas futuras.
Explorando novas oportunidades
A Natura também está avaliando alternativas estratégicas para a Avon Internacional, incluindo a possibilidade de venda, sob a liderança de Kristof Neirynck. Essa decisão faz parte de um plano de turnaround que busca revitalizar a marca e garantir sua sustentabilidade no mercado. A reestruturação não apenas visa otimizar a operação, mas também promete desbloquear valor para os acionistas, com a expectativa de uma futura distribuição de lucros.
Além disso, a empresa está comprometida em manter a presença dos fundadores no conselho, o que pode trazer uma continuidade de visão e valores que foram fundamentais para o crescimento da marca. A proposta de reestruturação será submetida à votação na próxima assembleia geral, e, se aprovada, exigirá a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as ações sejam listadas no Novo Mercado da B3.
Com essas mudanças, a Natura Cosméticos S.A. busca não apenas se reerguer após desafios financeiros, mas também se posicionar de forma mais competitiva no mercado, garantindo que suas operações estejam alinhadas com as expectativas dos acionistas e as demandas do consumidor moderno.