Table of Contents
O crescimento das exportações brasileiras de petróleo
Em 2024, o Brasil alcançou um marco histórico ao exportar mais da metade de sua produção de petróleo, consolidando-se como um dos principais players no mercado global.
Este crescimento é impulsionado principalmente por exportações privadas, mas a Petrobras também está investindo em melhorias logísticas para otimizar seus processos e reduzir custos. Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), as exportações brasileiras representaram 52,1% da produção total do país, com uma média de 1,75 milhão de barris exportados por dia, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Desafios e oportunidades no mercado internacional
A alta nas exportações ocorre em um contexto de queda na produção nacional, que se manteve em 3,365 milhões de barris por dia. Essa situação fez com que o petróleo superasse a soja como o principal item de exportação do Brasil.
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, projeta que as exportações podem atingir entre 2 e 2,4 milhões de barris por dia até 2025, impulsionadas pela entrada de novas plataformas de exploração.
O papel da Petrobras e a busca por novos mercados
A Petrobras, que utilizou cerca de três quartos de sua produção no mercado interno, exportou uma média de 554 mil barris por dia, com a China sendo o principal cliente, representando 42% do volume total. No entanto, as vendas para a Europa também cresceram, à medida que o continente busca alternativas ao petróleo russo.
A estatal está focada em consolidar a marca do petróleo «made in Brazil» e aumentar sua presença no mercado internacional, enfrentando o desafio de tornar seu produto mais conhecido globalmente.
Inovações tecnológicas e sustentabilidade
A produção do pré-sal brasileiro, que se destaca pela baixa intensidade de carbono e menor teor de enxofre, é um diferencial competitivo. A Petrobras está investindo em novas tecnologias para otimizar o transporte do petróleo, como o uso de embarcações de posicionamento dinâmico que permitem abastecer petroleiros próximos às plataformas, reduzindo custos e emissões. Apesar das críticas de organizações ambientalistas sobre a expansão das fronteiras exploratórias, a Petrobras defende que a produção brasileira é menos poluente em comparação com a média mundial, e está comprometida em reduzir ainda mais sua pegada de carbono.